quarta-feira, 30 de março de 2011

IMUNÓGENOS, ANTÍGENOS, EPÍTOPOS E HAPTENOS

Definindo...
1. IMUNÓGENO:
É uma substância capaz de induz uma imunidade específica.

2. ANTÍGENO:
É uma substâncias que reage com os produtos de uma resposta imune específica, sendo portanto o alavo da resposta.

3.  EPÍTOPO:

É a porção limitada da molécula reconhecida pelos receptores de antígenos

4. HAPTENO:
Possuem baixo peso molecular e simplicidade química. São substâncias que se ligam a proteínas carreadoras de alto peso molecular para assim serem capazes de induzir uma resposta imunológica, sendo portanto, um imunógeno.



                          DETERMINANTES DA IMUNOGENICIDADE


  • Estranheza
  • Alto peso molecular
  • Complexidade química
  • degradabilidade

                    
                         REATIVIDADE IMUNOGÊNICA CRUZADA

      É a reação que ocorre quando componentes do sistema imune (células ou anticorpos) reagem com 2 moléculas que compartilham epítopos, mas são diferentes em outros aspectos. 
      Uma toxina que foi modificada até o ponto de deixar de ser tóxica, mas ainda mantém algumas de suas características imunogênicas é um toxóide, e apresenta uma reação imunológica cruzada com a toxina. Assim, é possível imunizar indivíduos utilizando o toxóide e induzir a resposta imune contra algum dos epítopos que o toxóide ainda compartilha com a toxina nativa, porque estes não são destruídos pela modificação. Toxina e toxóide compartilham epítopos em número suficiente para permitir que a resposta imune nativa contra o toxóide gere uma defesa eficiente contra a própria toxina.


                       ADJUVANTES IMUNOLÓGICOS

   São substâncias que aumentam a resposta imune contra um imunógeno quando misturada e este, mas não confere imunogenicidade a haptenos.



Comentários...

  • Eventualmente, o elemento que desencadeia a resposta é o alvo, mas nem sempre o alvo é o mesmo elemento que induziu a resposta. Assim, existem muitos compostos incapazes de induzir uma resposta imunológica, mas que são aptos a se ligar a determinados componentes do sistema imune que foram eficientemente induzidos contra ele. 

  • O antígeno é reconhecido a partir de uma pequena porção chamada epítopo, a qual é associada ao MHC para então ser reconhecido pelo receptor de células T (TCR). No linfonodo, a porção do antígeno vai ativar os Linfócitos T a sofrerem proliferação (expansão clonal)  e diferenciação em células T efetoras e células T de memória, e no Linfócito B, a produção de anticorpos. Posteriormente, os linfócitos T efetores e os anticorpos produzidos pelos linfócitos B vão para o tecido eliminar o antígeno. As células T de memória vão para os tecidos e órgãos linfóides secundários e preparação para a próxima infecção.

  • Na resposta policlonal, vários tipos de anticorpos são produzidos contra epítopos diferentes, pois um mesmo antígeno pode possuir vários determinantes antigênicos. 


segunda-feira, 14 de março de 2011

RESPOSTA IMUNE

Órgãos Linfóides Secundários

Linfonodos 
São órgãos pequenos em forma de feijão que aparecem no meio do trajeto de vasos linfáticos. Normalmente estão agrupados na superfície e na profundidade nas partes proximais dos membros, como nas axilas, na região inguinal, no pescoço... Também encontramos linfonodos ao redor de grandes vasos do organismo. Eles filtram a linfa que chega até eles, e removem bactérias, vírus, restos celulares, etc.A resposta imune que se desenvolve nos linfonodos, dependendo do antígeno, faz com que os linfonodos aumentem de tamanho, devido à grande proliferação dos linfócitos. Este processo de hipertrofia dos linfonodos é chamado de adenite, ou linfadenite. Quando o processo é bem patológico e específico, o linfonodo pode crescer muito (crescimento exagerado) e nesse caso é chamado de adenomegalia.

Baço
O baço é um órgão maciço avermelhado, de consistência gelatinosa, situado no quadrante superior esquerdo do abdômen. É o maior órgão linfático secundário do organismo e tem como função imunológica, a liberação de linfócitos B, T, plasmócitos, e outras células linfóides maduras e capazes e capazes de realizar uma resposta imune para o sangue e não para a linfa.
O baço está envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo, que emite septos (trabéculas) para o interior do órgão. Estes septos não delimitam lóbulos completos no órgão, mas formam o arcabouço (estroma) do órgão. O parênquima do baço é dividido estrutural e fisiologicamente em duas regiões: a polpa branca e a polpa vermelha.

Tonsilas e Placas de Peyer
As tonsilas são aglomerados de nódulos linfáticos revestidos apenas de epitélio. As tonsilas eram conhecidas como amigdalas, e estão localizadas na cavidade bucal (tonsilas palatinas) próximas ao arco palatofaríngeo, na parte posterior da língua (tonsilas linguais), e na parte posterior da nasofaringe encontramos as tonsilas faríngeas.
O epitélio é do tipo estratificado não queratinizado plano, que emite centenas de invaginações para o interior e forma as chamadas cristas. Estas cristas aumentam a área de contato com a mucosa, sendo um local rico em bactérias e detritos.
A função mais característica das tonsilas e das placas de Peyer é a produção de plasmócitos que secretem IgA-secretória para a mucosa, protegendo a mucosa da agressão de micróbios que estão fazem parte da microbiota normal ou micróbios patogênicos que possam vir junto com os alimentos. Se todas as tonsilas forem retiradas do indivíduo, a microbiota normal pode sofrer um desequilíbrio biológico e começar a proliferar excessivamente, dando chance às bactérias oportunistas. Se o indivíduo for um portador são de pneumococo ( patogênico), poderá (devido ao desequilíbrio)  manifestar pneumonia aguda. Os alimentos que ingerimos contém diversos tipos de bactérias, que devem ser atacadas pelas IgA-secretória. Este isotipo depois de produzido pela célula, a IgA atravessa a membrana do epitélio através da ligação com um receptor de superfície. Ao se ligar a este receptor, o complexo é endocitado pela célula, a travessa o citossol para ser liberado na luz do órgão.