quinta-feira, 14 de abril de 2011

IMUNOGLOBULINAS E ANTICORPOS

Imunoglobulina: É uma proteína produzida pelos plasmócitos no sistema imunológico durante a resposta humoral. É o receptor de antígenos presente na superfície da célula B. Existem 5 classes de imunoglobulinas e são elas: IgA, IgE, IgG, IgM e IgD. A IgG é a principal imunoglobulina do soro e a mais importante das respostas secundárias. Nos humanos ela tem a capacidade de atravessar a barreira placentária e propiciar imunidade ao recém nascido.


Anticorpos: Possui função importante de se ligar especificamente com o epítopo que ele reconhece, provocando o aparecimento de sinais quimicos indicando aos outros componentes do sistema imunitário que há um invasor no organismo. Alguns anticorpos possuem a capacidade de aglutinar células e precipitar antígenos solúveis. Esta aglutinação facilita a fagocitose de microorganismos e a precipitação de moléculas estranhas que são agressivas podendo torná-las inócuas. Portanto, o anticorpo é a forma secretada da imunoglobulina de membrana. A função básica do anticorpo é o reconhecimento, ativação do sistema complemento e opsonização. Somente ele não é capaz de destruir moléculas, mas ligado, facilita a ativação da fagocitose.

quarta-feira, 30 de março de 2011

IMUNÓGENOS, ANTÍGENOS, EPÍTOPOS E HAPTENOS

Definindo...
1. IMUNÓGENO:
É uma substância capaz de induz uma imunidade específica.

2. ANTÍGENO:
É uma substâncias que reage com os produtos de uma resposta imune específica, sendo portanto o alavo da resposta.

3.  EPÍTOPO:

É a porção limitada da molécula reconhecida pelos receptores de antígenos

4. HAPTENO:
Possuem baixo peso molecular e simplicidade química. São substâncias que se ligam a proteínas carreadoras de alto peso molecular para assim serem capazes de induzir uma resposta imunológica, sendo portanto, um imunógeno.



                          DETERMINANTES DA IMUNOGENICIDADE


  • Estranheza
  • Alto peso molecular
  • Complexidade química
  • degradabilidade

                    
                         REATIVIDADE IMUNOGÊNICA CRUZADA

      É a reação que ocorre quando componentes do sistema imune (células ou anticorpos) reagem com 2 moléculas que compartilham epítopos, mas são diferentes em outros aspectos. 
      Uma toxina que foi modificada até o ponto de deixar de ser tóxica, mas ainda mantém algumas de suas características imunogênicas é um toxóide, e apresenta uma reação imunológica cruzada com a toxina. Assim, é possível imunizar indivíduos utilizando o toxóide e induzir a resposta imune contra algum dos epítopos que o toxóide ainda compartilha com a toxina nativa, porque estes não são destruídos pela modificação. Toxina e toxóide compartilham epítopos em número suficiente para permitir que a resposta imune nativa contra o toxóide gere uma defesa eficiente contra a própria toxina.


                       ADJUVANTES IMUNOLÓGICOS

   São substâncias que aumentam a resposta imune contra um imunógeno quando misturada e este, mas não confere imunogenicidade a haptenos.



Comentários...

  • Eventualmente, o elemento que desencadeia a resposta é o alvo, mas nem sempre o alvo é o mesmo elemento que induziu a resposta. Assim, existem muitos compostos incapazes de induzir uma resposta imunológica, mas que são aptos a se ligar a determinados componentes do sistema imune que foram eficientemente induzidos contra ele. 

  • O antígeno é reconhecido a partir de uma pequena porção chamada epítopo, a qual é associada ao MHC para então ser reconhecido pelo receptor de células T (TCR). No linfonodo, a porção do antígeno vai ativar os Linfócitos T a sofrerem proliferação (expansão clonal)  e diferenciação em células T efetoras e células T de memória, e no Linfócito B, a produção de anticorpos. Posteriormente, os linfócitos T efetores e os anticorpos produzidos pelos linfócitos B vão para o tecido eliminar o antígeno. As células T de memória vão para os tecidos e órgãos linfóides secundários e preparação para a próxima infecção.

  • Na resposta policlonal, vários tipos de anticorpos são produzidos contra epítopos diferentes, pois um mesmo antígeno pode possuir vários determinantes antigênicos. 


segunda-feira, 14 de março de 2011

RESPOSTA IMUNE

Órgãos Linfóides Secundários

Linfonodos 
São órgãos pequenos em forma de feijão que aparecem no meio do trajeto de vasos linfáticos. Normalmente estão agrupados na superfície e na profundidade nas partes proximais dos membros, como nas axilas, na região inguinal, no pescoço... Também encontramos linfonodos ao redor de grandes vasos do organismo. Eles filtram a linfa que chega até eles, e removem bactérias, vírus, restos celulares, etc.A resposta imune que se desenvolve nos linfonodos, dependendo do antígeno, faz com que os linfonodos aumentem de tamanho, devido à grande proliferação dos linfócitos. Este processo de hipertrofia dos linfonodos é chamado de adenite, ou linfadenite. Quando o processo é bem patológico e específico, o linfonodo pode crescer muito (crescimento exagerado) e nesse caso é chamado de adenomegalia.

Baço
O baço é um órgão maciço avermelhado, de consistência gelatinosa, situado no quadrante superior esquerdo do abdômen. É o maior órgão linfático secundário do organismo e tem como função imunológica, a liberação de linfócitos B, T, plasmócitos, e outras células linfóides maduras e capazes e capazes de realizar uma resposta imune para o sangue e não para a linfa.
O baço está envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo, que emite septos (trabéculas) para o interior do órgão. Estes septos não delimitam lóbulos completos no órgão, mas formam o arcabouço (estroma) do órgão. O parênquima do baço é dividido estrutural e fisiologicamente em duas regiões: a polpa branca e a polpa vermelha.

Tonsilas e Placas de Peyer
As tonsilas são aglomerados de nódulos linfáticos revestidos apenas de epitélio. As tonsilas eram conhecidas como amigdalas, e estão localizadas na cavidade bucal (tonsilas palatinas) próximas ao arco palatofaríngeo, na parte posterior da língua (tonsilas linguais), e na parte posterior da nasofaringe encontramos as tonsilas faríngeas.
O epitélio é do tipo estratificado não queratinizado plano, que emite centenas de invaginações para o interior e forma as chamadas cristas. Estas cristas aumentam a área de contato com a mucosa, sendo um local rico em bactérias e detritos.
A função mais característica das tonsilas e das placas de Peyer é a produção de plasmócitos que secretem IgA-secretória para a mucosa, protegendo a mucosa da agressão de micróbios que estão fazem parte da microbiota normal ou micróbios patogênicos que possam vir junto com os alimentos. Se todas as tonsilas forem retiradas do indivíduo, a microbiota normal pode sofrer um desequilíbrio biológico e começar a proliferar excessivamente, dando chance às bactérias oportunistas. Se o indivíduo for um portador são de pneumococo ( patogênico), poderá (devido ao desequilíbrio)  manifestar pneumonia aguda. Os alimentos que ingerimos contém diversos tipos de bactérias, que devem ser atacadas pelas IgA-secretória. Este isotipo depois de produzido pela célula, a IgA atravessa a membrana do epitélio através da ligação com um receptor de superfície. Ao se ligar a este receptor, o complexo é endocitado pela célula, a travessa o citossol para ser liberado na luz do órgão.



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Imunofisiologia do Órgãos Linfóides Primários

  No corpo humano existem diversos locais onde há produção de células linfóides maduras que vão agir no combate a agressores externos. Alguns órgãos linfóides se encontram interpostos entre vasos sangüíneos e vão dar origem a células brancas na corrente sangüínea. Outros estão entre vasos linfáticos, e vão filtrar a linfa e combater antígenos que chegam até eles por essa via. Outros ainda podem ser encontrados fazendo parte da parede de outros órgãos, ou espalhados pela sua mucosa. Os principais órgãos linfóides primáros são:


Timo
O timo é um órgão linfático que se localiza no tórax, anterior ao coração. É dividido em dois lobos, o direito e o esquerdo. É revestido por uma cápsula fibrosa, que histologicamente vai penetrando pelo parênquima tímico e formando os septos conjuntivos que vai dividindo os lobos em inúmeros lóbulos. Sobre esta cápsula aparece um aglomerado de adipócitos que forma o tecido adiposo extra tímico.
A função do timo é promover a maturação dos linfócitos T que vieram da medula óssea até o estágio de pró-linfócitos que vão para os outros tecidos linfóides, onde se tornam ativos para a resposta imune. Porém, o timo também dá origem a linfócitos T maduros que vão fazer o reconhecimento do organismo para saber identificar o que é material estranho ou próprio do organismo. Outra função importante do timo é a produção de fatores de desenvolvimento e proliferação de linfócitos T, como a timosina alfa, timopoetina, timulina e o fator tímico humoral. Estes fatores vão agir no próprio timico (hormônios parácrinos) ou agir nos tecidos secundários (hormônios endócrinos), onde estimulam a maturação completa dos linfócitos.
   
Medula Óssea
A medula óssea é constituída por células reticulares, associadas às fibras reticulares, que juntos dão o aspecto esponjoso da medula e tem a função sustentadora e indispensável ao desenvolvimento das células que participam da hematopoiese. No meio deste tecido reticular encontramos uma enorme quantidade de capilares sanguíneos sinusóides, com grandes poros que permite a saída de células maduras.
A medula realiza a hemocitopoiese e armazena ferro para a síntese de hemoglobina, formando hemácias e leucócitos para o sangue no terceiro mês vida, com a ossificação da clavícula do embrião. No adulto, os ossos longos e a pelve são ossos que efetivamente produzem sangue.
A medula como órgão linfóide primário é capaz de formar pro - linfócitos que vem das células totipotentes. O Pró-linfócito não é capaz de realizar uma resposta imune, então se dirige aos órgãos secundários para se desenvolver. A célula multipotente mielóide e linfoblastos T irão ao timo para formar linfócitos T.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fagocitose e Opsonização na Resposta Natural

A fagocitose é o englobamento e digestão de partículas sólidas. Esse processo é importante pois células fagocíticas conseguem destruir moléculas e agentes invasores do organismo, garantindo a sua imunidade natural. As principais células fagocíticas presentes no sangue são os NEUTRÓFILOS, em cerca de 60%. É produzido continuamente pela medula, e é quem chega primeiro ao local da infecção produzindo ácidos e enzimas que conseguem dissolver o corpo estranho. Seu tempo médio de vida é de 24h, e independente de ter fagocitado algum microorganismo ou não, ele degenera e morre. Outra célula fagocítica importante é o MONÓCITO que quando migra para o tecido passa a ser chamado de MACRÓFAGO. Como está representado na ilustração, o macrófago é uma célula geneticamente programada para apresentar o antígeno ao principal efetor da imunidade celular, o LINFÓCITO T. A opsonização é um processo que potencializa o trabalho do Sistema Imunológico, e neste caso, a fagocitose, pois fixa moléculas de opsoninas nos microorganismos, facilitando o englobamento por parte dos Neutrófilos.